terça-feira, 25 de agosto de 2009
Caixa Cultural apresenta obras inéditas de Anna Bella Geiger em Salvador
Jum Nakao faz palestra em Salvador
O encontro, que pretende reunir profissionais da moda, da arquitetura, designers e artistas, faz parte de um ciclo de palestras oferecido pela marca Docol Metais Sanitários.
Jum desperta a curiosidade dos fashionistas por ser um estilista criativo e respeitado no mercado nacional e internacional, inclusive, com prêmios recebidos. Ele é também considerado um dos mais importantes do século pelo Museu de Moda de Paris.
Na palestra, Jum falará sobre suas coleções, o processo de criação, criatividade, moda e arte. Após a palestra, haverá espaço para perguntas e respostas para que o público possa estar mais próximo ao convidado. Esta, certamente, será uma grande oportunidade para conhecê-lo de perto e ouvir o que ele mesmo tem a dizer sobre suas criações.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Do Fuxico ao Fashion
De uma rotina antes baseada na produção informal de artesanato para subsistência, eis que surge uma moda que combina a delicadeza da rendas e bordados à elegância dos tecidos e roupas de corte fino. Criada por artesãs residentes na Península Itapagipana, em Salvador-BA, a mostra ‘Do Fuxico ao Fashion’ ganha, pela primeira vez, uma vernissage no Palacete das Artes Rodin - BA, a partir das 19h desta quinta-feira, dia 27. Resultante do projeto Incubadoras de Núcleos Associativos Produtivos, promovido pelo CIAGS – Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social da UFBA, a exposição é aberta ao público e fica no museu até o dia 06 de setembro. A iniciativa é apoiada pelo SEBRAE/BA, MCT/FINEP, FAPESB, Fundação Cultural do Estado a Bahia e FAPEX.
‘Do Fuxico ao Fashion’ resulta da busca pela aproximação entre a universidade e grupos sociais que têm pouco – ou nenhum – acesso ao conhecimento produzido nos centros acadêmicos. Assim, o que se pretende com esta e outras iniciativas de intervenção em bairros e regiões carentes é atrelar a difusão de conhecimentos técnicos e profissionalizantes ao incentivo da manutenção de traços culturais identitários das comunidades. “Ao trabalharmos com artesãos e com artesanato de raiz, tentamos nos aproximar de propostas já formuladas pioneiramente por Lina Bo Bardi e Rômulo Almeida, de ressignificar a cultura com recursos contemporâneos”, conta a Profª Tânia Fischer, coordenadora do CIAGS.
Histórico do projeto e da região - Pesquisas feitas na península - que integra 14 bairros (Uruguai, Ribeira, Bonfim, Monte Serrat, Dendezeiros, Bairro Machado, Alagados, Vila Rui Barbosa, Massaranduba, Baixa do Petróleo, Calçada, Mares e Roma) - apontaram a força da produção têxtil da região. Nos anos 40, Itapagipe foi um pólo industrial forte em Salvador, com destaque no ramo de confecções, até que, na década de 70, uma crise econômica provocou a falência das indústrias locais.
Em março de 2007 acontece a contratação do consultor em designer estratégico, Fernando Augusto Gonçalves, que deslancha uma nova fase nas ações do projeto e dá inicio concreto ao trabalho de criação e confecção da coleção de moda. A presença marcante do design conferiu ao projeto um novo norte. De imediato ficou claro por parte dos residentes a necessidade de leituras menos acadêmicas e de um maior conhecimento das técnicas artesanais utilizadas pelos núcleos.
As peças – Bolsas, coletes, boleros adornados com fuxicos de chantug, seda e brocal, detalhes em crochê com linha metalizada ou o tradicional ponto “bico de periquito” – quatro pequenos fuxicos que formam um novo fuxico. Todas as peças são feitas a partir de jeans e brim, tecidos com os quais as artesãs já estavam acostumadas a trabalhar. São peças masculinas e femininas, com corte e execução equivalentes à alta costura. “Nossas peças são inspiradas na contextualização da artesania existente na região”, explica Fernando Augusto, responsável pela coordenação da execução das peças. Por enquanto, as peças não estarão à venda, pois a produção ainda é pequena, mas em breve, as melhores lojas da cidade já terão peças produzidas pelas artesãs da Península de Itapagipe.
Serviço:
Mostra de Moda – Do Fuxico ao Fashion
Palacete das Artes Rodin – BA – Rua da Graça, 284 - Graça
Entrada Franca
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
A construção da imagem do maior Traje Típico Nacional: as Baianas
Tem torço de seda, tem!
Tem brincos de ouro, tem!
Corrente de ouro, tem!
Tem pano-da-costa, tem!Tem bata rendada, tem!
Sandália enfeitada, tem!
Tem graça como ninguém
Como ela requebra bem!
Quando você se requebrar
Caia por cima de mim
O que é que a baiana tem?
Só vai no Bonfim quem tem
Um rosário de ouroUma bolota assim
Quem não tem balangandãs
Oi, não vai no Bonfim”
(O Que é que a baiana tem? - Dorival Caymmi)
Vatapá, oi caruru, mungunzá, tem umbu
Pra Ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração, seu amor
De Iaiá
No coração da baiana também tem
Sedução, canjerê, candomblé, ilusão
Pra você
Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim
Quero você baianinha inteirinha pra mim
(Tabuleiro da baiana – Ary Barroso)“
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Mario Queiroz lança livro sobre a imagem do homem na moda
Nessas publicações o foco está nos ensaios fotográficos, como eles revelam os principais fotógrafos contemporâneos e como são produzidos pelos profissionais de moda.
Os editoriais de moda são a maioria da revista Arena Homme Plus e cada edição traz até seis ensaios, o que representa em média quarenta fotos. Os editoriais escolhidos são os mais significativos para a discussão do papel herói, pesquisando as diversas faces do homem nessa virada de milênio.
O instrumental teórico utiliza os conceitos de imprinting , imaginário e noosfera, de Edgar Morin seguindo a linha da semiótica para a discussão sobre a cultura e mais especificamente sobre a moda.
Muito significativo o recorte escolhido por Mário Queiroz no seu mestrado. E melhor ainda ele ter conseguido publicá-lo, o que não é muito comum no meio acadêmico. Afinal depois de conseguir defender uma dissertação, quando queremos publicar é preciso fazer uma outra revisão do material que entregamos para a defesa.
Depois ainda tem que se batalhar para uma editora se interessar em publicar. Neste caso, coube a Estação das Letras e Cores este papel. Num país que existem um número tão grande de escolas de moda, é fundamental construir uma bibliografia nacional ou pelo menos escrita em português. Esta editora já tem alguns títulos bem interessantes na área, méritos para a pesquisadora Kathia Castilho .
terça-feira, 11 de agosto de 2009
bruno: moda e comédia nas telinhas em breve
domingo, 9 de agosto de 2009
Cinepolis exposição do fotógrafo Bob Wolfenson
Bob Wolfenson inicia suas primeiras experiências com a fotografia muito cedo, com pouco mais de 10 anos de idade, entre os anos de 1966 e 67, mas é apenas em 1970 que leva este caminho um pouco mais a sério, como estagiário-aprendiz no estúdio fotográfico da Editora Abril, na época dirigido pelo fotógrafo Francisco Albuquerque. Três anos mais tarde, ingressa no curso de Ciências Sociais da USP, período em que sai da Editora Abril e começa carreira solo como free-lancer para revistas da própria editora. Mas é a partir de 1982 que Wolfenson aposta mais pesado na carreira e se desfaz de seu pequeno estúdio em São Paulo, para se mudar para Nova Iorque, onde trabalha como assistente do fotógrafo Bill King. De volta ao Brasil em 1985, ele não tarda em ser um fotógrafo de destaque, desenvolvendo trabalhos para as principais revistas do país. Sua primeira exposição individual, Minhas Amigas do Peito, acontece em 1989, na Galeria Fotótica. A partir daí, a carreira de Wolfenson ganha um fôlego intenso e ele começa a realizar exposições, lançar livros e receber prêmios, a exemplo do Funarte – Ministério da Cultura de melhor fotógrafo do ano de 1995, na categoria Arte Aplicada, pela campanha para a griffe Viva Vida, realizada em Israel. Neste mesmo ano, ganha edição especial da Vougue para seu trabalho.Em 2000, co-edita a revista de imagem, moda, comportamento e fotografia “55”, que é sucedida, dois anos depois, pela S/Nº, publicação que conta com a participação dos designers Hélio Rosas e Roberto Cipolla.Nos últimos anos, Bob Wolfenson também foi indicado a diversos prêmios como fotógrafo, vencendo entre eles, o da Fundação Conrado Wessel e o de Melhor Fotografo de Moda pela premiação O Melhor da Fotografia do Brasil. Entre livros publicados está “Cartas a um jovem Fotógrafo”, sobre experiências de sua trajetória e vida profissional e Cinepolis, caixa-livro-portifólio, sob curadoria e direção artística de Pierre Devin, fotógrafo e curador internacional.
Ver o mundo como um ‘ciclope’, com um único olho-mecânico, filtro da realidade tangível. Esta é a forma como alguns fotógrafos, a exemplo do paulista Bob Wolfenson, percebem a vida, a observam e transformam-na em elementos simbólicos. Um pouco do trabalho deste artista poderá ser conhecido no Museu de Arte Moderna da Bahia, na mostra Cinepolis, inédita no Brasil. A abertura acontece no dia 07 de agosto, às 19h. A exposição fica em cartaz de 08 de agosto a 06 de setembro, no Casarão do MAM, com visitação gratuita de terça a domingo, das 13h às 19h e aos sábados das 13h às 21h.
Cinepolis
Reconhecido no Brasil e internacionalmente por suas produções fotográficas, Wolfenson assina ensaios famosos da Playboy, a exemplo das séries com Alessandra Negrini e Maitê Proença e no mundo da moda, registrando tendências nas figuras de Top Models como Gisele Bündchen, Raquel Zimmermann e Isabeli Fontana. Mas, como um caleidoscópio, sua lente também se volta para outros prismas e capta o mundo de maneiras distintas. O intimismo do Voyerismo, que naturalmente é vivenciado pelos fotógrafos, se transforma na experiência do olhar instantâneo, ao captar o que se passa à frente, como um admirador de circunstâncias. Assim nasce Cinepolis. “O nome dado pelo curador, editor e fotógrafo francês Pierre Devin, é um apanhado na forma de ‘Road Movie’ de situações encontradas por mim e fotografadas sem a pretensão de compor um conjunto único, porém todas unificadas, não por um tema, mas pela subjetividade de um olhar”, explica Wolfenson.
Situações, paisagens, retratos, perspectivas de uma narrativa que levam o expectador a um passeio da noite para o dia, do urbano para o bucólico. Tudo surgiu com a aquisição de um equipamento, uma Leica Digital, com a qual Wolfenson já havia feito algumas experiências e possuía um material pronto, porém sem nenhuma pretensão específica de uso. “A partir do convite que me foi feito pelo Pierre e pelos nexos encontrados por ele no material que estava pronto, fotografado, comecei a orientar as novas fotos que completariam o trabalho no sentido de formarem uma unidade que correspondesse a esta narrativa apontada pelos pressupostos dele”, conta.