domingo, 23 de setembro de 2007

EXPOSIÇÃO A PELE DOS FILHOS DE GEA


Depois de passar pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e Museu Afro Brasil de São Paulo, a exposição A Pele dos Filhos de Gea chega a Salvador. A mostra, que reúne 50 fotografias e quatro esculturas das espanholas Isabel Muñoz e Maribel Doménech, marca a reabertura do Palacete das Artes – Museu Rodin Bahia, dia 14 de agosto, às 19 horas. A exposição pode ser conferida até 15 de setembro, sempre de terça a domingo, das 10 às 18 horas, no Palacete Comendador Bernardo Martins Catharino (Rua da Graça, 292– Graça). As vulnerabilidades do corpo humano e as diferentes formas utilizadas desde as civilizações antigas para embelezá-lo estão no centro dos trabalhos da fotógrafa Isabel Muñoz e da artista plástica Maribel Doménech. Nas fotografias produzidas entre os anos de 2003 e 2006, Isabel presenteia o público com imagens nas quais retrata o costume de povos de diversas tribos da Etiópia, que enfeitam o corpo com tatuagens, grandes cicatrizes formadas por escarificações, além de pinturas. Já nas peças de Maribel Doménech, o destaque vai para o vestido de grande dimensão que integra a série Tecer o Tempo: a Triologia da Vida. A escultora aproveita a luz elétrica de néon e milhares de metros de cabos elétricos para dar forma à mostra, levando o público a refletir sobre a vulnerabilidade do corpo humano e importância de mantê-lo energizado. O espírito da exposição é sintetizado pelo curador da exposição, Amador Griño, ao lembrar que o homem começou a embelezar o corpo depois de se ver nu e feio diante da beleza dos outros animais. Ele destaca que o corpo humano começou a ser enfeitado com pó de madrepérola, urucum e, em seguida, com desenhos feitos com espinha de peixe e introdução de tinta por debaixo da pele, o que deu origem às tatuagens. . O curador faz referência a Paul Valéry, quando o poeta diz que “a pele é o mais profundo do ser humano”,