quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

EQUIPAMENTOS, USOS E COSTUMES DA CASA BRASILEIRA VOL. 4 : OBJETOS



Os objetos são o tema do quarto volume da Série Equipamentos, Usos e Costumes da Casa Brasileira, organizado por José Wilton N. Guerra e Renata da Silva Simões. As fontes consultadas para a seleção das citações são relatos de viajantes, testamentos e escritores de ficção. O livro é composto de seis capítulos, nos quais encontram-se citações sobre elementos que compunham nossas casas até o século XIX, acompanhados de um glossário e referências bibliográficas. Os capítulos dividem-se em Vestuário Feminino, Vestuário Masculino, Rouparia, Peças e Instrumentos, Mobiliário, e Utensílios, e estão subdivididos em temas de forma a facilitar a consulta. É uma fonte de consulta importante aos pesquisadores e interessados na história do Brasil.

Expo:COLEÇÃO MAM-BA 50 ANOS DE ARTE BRASILEIRA


No próximo dia 18 de dezembro, às 20h, o Museu de Arte Moderna da Bahia abre a exposição Coleção MAM-BA 50 Anos de Arte Brasileira, com 86 obras de seu acervo que ilustram momentos chave da história da arte brasileira nos últimos 60 anos. A exposição ocupa todos os espaços expositivos do Solar do Unhão e se divide em quatro núcleos: Modernistas, Fotografia, Rubem Valentim e Contemporâneos. Uma Linha do Tempo, construída na Galeria Subsolo, contextualiza a história do acervo e do museu.

Com curadoria geral da diretora do MAM, Solange Farkas, a exposição é fruto de um intenso trabalho de pesquisa e restauro do acervo. Ela expande o projeto do livro MAM-BA (Coleção Museus/Instituto Cultural J. Safra, 2008), que dividia a coleção em recortes comentados por curadores: Contemporâneos (Cristana Tejo, da Fundação Joaquim Nabuco), Rubem Valentim (Emanoel Araújo, do Museu Afro Brasil), Fotografia (Rubens Fernandes, da Faap) e Modernistas (a crítica Aracy Amaral).

“A ideia não foi só inventariar o conjunto de obras de arte adquiridas e conservadas pela instituição, mas também compreender em profundidade suas riquezas e lacunas e, sobretudo, apontar caminhos para sua continuidade e expansão”, diz Solange Farkas, diretora e curadora do MAM-BA.

A exposição ficará em cartaz até 28 de março de 2010 e contará com uma intensa programação educativa. A data da abertura foi escolhida em função do Dia do Museólogo, comemorado em 18 de dezembro.

A abertura também será marcada pelo lançamento do Programa Ibram de Fomento aos Museus – 2010 cuja solenidade será realizada às 18h com a presença do Ministro da Cultura, Juca Ferreira, do Governador Jacques Wagner, do Diretor Presidente do Ibram, José do Nascimento, do Secretário de Cultura do Estado da Bahia, além de outras autoridades ligadas ao segmento das artes visuais.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Visual Merchandisign


Definição

Segundo o wikipédia Merchandising é uma ferramenta de Marketing, formada pelo conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos no ponto-de-venda, de maneira tal que acelere sua rotatividade.
No Brasil, o termo é usado equivocadamente, servindo para denominar a inserção de propaganda em obras de áudio e vídeo, de maneira a mesclar a divulgação do produto à trama. Para esta prática o termo correto seria Tie-In.

Origem do termo

Originada do termo francês merchand, a palavra inglesa merchandiser significa "negociante". Por sua vez, a tradução de merchandising seria "mercadização", nome que em português não corresponde exatamente ao significado da atividade como é conhecida. Merchandising seria então uma derivação da palavra merchandise, que podemos traduzir como "operação com mercadorias".

Histórico

Merchandising é uma atividade muito antiga, tão antiga como a venda em si, pois desde que os homens da Idade Média começaram a escolher as ruas principais para expor suas mercadorias, gritando e concorrendo com os demais mascates para chamar a atenção dos passantes para seus produtos, já se estava fazendo merchandising. O merchandising como hoje é conhecido surgiu como próprio marketing e intensificou-se com o surgimento do auto-serviço nos Estados Unidos, na década de 30. Naquela época, as antigas lojinhas com balcão começaram a perceber o sucesso que as vitrines faziam. E, ao notarem que as mercadorias expostas eram muito mais compradas do que as não expostas, começaram a transformar todo o interior das lojas em verdadeiras vitrines, nas quais se podia ver e escolher todas as mercadorias. Daí, aos poucos, foram-se transformando em lojas de auto-serviço, onde o consumidor mesmo escolhe os produtos.
Muitos anos se passaram até que os primeiros supermercados começassem a aparecer. O merchandising era então feito para dar destaque a todas as mercadorias, e isso começava a partir do layout da loja, seus corredores e prateleiras, até a disposição dos produtos e sua promoção.
Hoje o merchandising é algo muito mais completo, que procura acompanhar todo o ciclo de vida de um produto, desde a adequação de sua imagem para os pontos-de-venda até o acompanhamento de sua performance diante de seus consumidores. Hoje o merchandising no ponto-de-venda é considerado a “mídia” mais rápida e eficaz, pois é a única em que a mensagem conta com os “três elementos chaves” para concretização de uma venda: O consumidor, o produto, e o dinheiro.

Defnição segundo Regina Blessa

Um dos nomes mais conhecidos na área, explica de forma simples o que é Merchandising em seu livro Merchandising no ponto-de-venda.

Merchandising é qualquer técnica, ação ou material promocional usado no ponto- de-venda que proporcione informação e melhor visibilidade a produtos, marcas ou serviços, com o propósito de motivar e influenciar as decisões de compra dos consumidores.
É o conjunto de atividades de marketing e comunicação destinadas a identificar, controlar, ambientar e promover marcas, produtos e serviços nos pontos-de-venda.É responsável pela apresentação destacada de produtos na loja, criando espaço e visibilidade, de maneira tal que acelere sua rotatividade.
O merchandising tanto pode usar a propaganda (quando divulga ofertas na mídia) como a promoção de vendas (quando se utiliza de preços mais baixos ou brindes) para a ampliação de sua estratégia.
A grande importância do merchandising está no fato dele ser a soma de ações promocionais e materiais de ponto-de-venda que controla o último estágio da comunicação mercadológica - a hora da compra.
“Em, inglês, merchand é mercador. Merchandising, portanto, significa destacar a mercadoria. Enquanto o Marketing explora imagem da empresa como um todo, incluindo logomarca, promoção, distribuição, mídia, tudo enfim, o merchandising é a exposição do produto. Mostrar o produto é fazer merchandising. Merchandising na TV, por exemplo, é colocar o produto no meio de uma cena de novela. Mas existe também o merchandising no ponto-de-venda, que tem como responsabilidade destacar o produto perante os demais. Assim, outdoors, placas em padarias, ônibus, degustação em supermercados também são ações de merchandising. Tudo o que coloca o produto em evidência é merchandising“, destaca Ronald Peach Jr., sócio da Oficina do Merchandising.
Fonte: Merchandising no ponto-de-venda. Autora: Regina Blessa
Mas afinal, o que é visual merchandising?

É uma ferramenta de marketing que quando utilizada corretamente traz resultados surpreendentes. Envolve desde o planejamento de uma vitrine, a iluminação do ambiente,os sons, as cores, comunicação visual, desing, informática, mobiliário, equipe de vendas, etc...
O profissional de visual merchandising deve se atentar a todos esses detalhes, a começar pela ambientação, os sons, a música ambiente, a exposição e a disposição dos produtos chaves, sem contar a equipe de vendas que deve deixar o cliente a vontade para "tocar" nos produtos. A missão é transformar o desejo do cliente em necessidade, e para isso devemos aguçar todos os sentidos dos nossos clientes, se conseguirmos isso é deixá-lo "cair em tentação"

O vestuário representado nas pinturas de grandes mestres


O vestuário, desde o Quattrocento, foi também protagonista na obra de arte, passando contar uma outra história: a maneira como foi usado, interpretado e transformado por artistas em diferentes contextos até chegar a algumas instalações que se destacam no movimento artístico contemporâneo.
Sobre esses temas, discorre a historiadora da arte Cacilda Teixeira da Costa em seu novo livro, “Roupa de artista — o vestuário na obra de arte”, que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e a Edusp lançam no próximo dia 12 de dezembro, sábado, a partir das 11 horas, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo.

OBRA RICAMENTE ILUSTRADA MOSTRA COMO O VESTUÁRIO MERECEU A ATENÇÃO DE ARTISTAS DE DIVERSAS ÉPOCAS


Em "Roupa de artista - o vestuário na obra de arte", editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e a Edusp, a historiadora da arte Cacilda Teixeira da Costa analisa obras desde o Renascimento aos dias atuais. De elemento complementar, a roupa se tornou, no decorrer do tempo, importante protagonista. A edição faz interface com a História da Arte e com a Moda, entendida como criação. O lançamento será no dia 12 de dezembro, sábado, a partir das 11 horas, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo.


O vestuário, desde o Quattrocento, foi também protagonista na obra de arte, passando a contar uma outra história: a maneira como foi usado, interpretado e transformado por artistas em diferentes contextos até chegar a algumas instalações que se destacam no movimento artístico contemporâneo. Sobre esses temas, discorre a historiadora da arte Cacilda Teixeira da Costa em seu novo livro, "Roupa de artista - o vestuário na obra de arte", que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e a Edusp lançam no próximo dia 12 de dezembro, sábado, a partir das 11 horas, na Pinacoteca do Estado, em São Paulo.

Walter Zanini, importante crítico de arte, assina a apresentação da edição, onde ele destaca a atenção que merece esta contribuição de Cacilda Teixeira da Costa, relacionando os estudos sobre os artistas e o vestuário.

O livro tem tudo para agradar a quem gosta de história, arte ou moda. Do Renascimento aos dias atuais, obras de uma infinidade de artistas são analisadas pela autora. São pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, figurinos, instalações, happenings. Para isso, lança mão de aspectos da história social e da arte, da história da moda, da estética e da semiótica. "Dadas suas relações com o corpo, a identidade, o poder e a sexualidade, tanto a indumentária como adereços e seus desdobramentos são tão instigantes, que poucos mestres, do passado ou contemporâneos, ficaram imunes ao seu extraordinário fascínio", explica a autora.

Como mostra Cacilda Teixeira da Costa, descrições pictóricas, interpretações e apropriações do vestuário estão presentes nos principais movimentos da história da arte por meio da pintura, escultura, desenho, gravura, performance e outras categorias artísticas em que foram, de modo alternado ou ao mesmo tempo, elemento complementar, tema principal, meio e suporte de obras de arte. Além disso, contrapondo-se à indumentária, a nudez também está presente em alguns exemplos clássicos dessa relação, como em Ticiano, nas Majas de Goya ou em Manet.

No decorrer dos séculos, como explica a autora, desenvolveram-se técnicas artísticas específicas e um extraordinário virtuosismo na forma de retratar tecidos, texturas, drapeados e outros detalhes, tanto em pintura como na escultura, que variaram em diferentes tempos e circunstâncias. Como exemplo, há Velázquez, um mestre na descrição pictórica dos trajes da corte. Mas foi na primeira metade do século 19 que o realismo descritivo chegou, talvez na obra de Ingres, ao seu grau mais alto quando, de forma inédita, é dada a mesma importância ao rosto, às mãos e ao vestuário. Porém, logo houve o rompimento paradigmático de Degas, que deixou de lado a representação e utilizou o próprio vestuário como parte integrante da obra de arte, abrindo perspectivas para as vanguardas que viriam em seguida.

No século 20 assistiu-se ao desenvolvimento da indústria da moda, que se tornou cada vez mais importante e assumiu para si, além da criação, a função da divulgação do vestuário, veiculada pelos meios de comunicação de massa. Os artistas, que até então eram também os árbitros do gosto, perderam sua influência sobre a criação dos trajes e foram substituídos, nessa área, pelos costureiros - hoje chamados de estilistas.

Fora do campo da arte, por volta de 1770, surgiram as primeiras publicações de moda, como "La Galerie des Modes", editada entre 1778 e 1787. No início, reproduziam as roupas usadas pelos mais elegantes da época e, em seguida, passaram a apresentar modelos e informações sobre as tendências em voga, causando uma alteração substantiva no campo do vestuário, cuja divulgação começava a fugir do domínio dos pintores.

A importância do vestuário é hoje cada vez maior, observa a historiadora. "Jovens artistas continuam apropriando-se do vestuário como tema, metáfora ou forma de expressão - fora da moda. Do ângulo da relação com a moda, os estilistas propõem coleções inspiradas nas obras dos artistas e os desfiles são cada vez mais performáticos".

A autora

Cacilda Teixeira da Costa é doutora em artes pela Universidade de São Paulo. É especialista em arte moderna e contemporânea no Brasil. Foi coordenadora do setor de vídeo-arte do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, curadora do setor de vídeo-arte na XVI Bienal de São Paulo, chefe de programação da Divisão de Artes Plásticas do Centro Cultural São Paulo, diretora técnica Museu de Arte Moderna de São Paulo, curadora independente de várias exposições. É autora de, entre outras obras, "Arte no Brasil 1950-2000" (Alameda Casa Editorial), "Livros de Arte no Brasil" (Cosac & Naify/Itaú Cultural) e "O Sonho e a Técnica, Arquitetura de Ferro no Brasil" (Edusp), vencedor do Prêmio Jabuti 1995.

Mais informações para a imprensa com Maria Fernanda Rodrigues (Lu Fernandes Comunicação e Imprensa) pelo telefone (11) 3814.4600

Definindo papéis : quem é quem na hora de definir a imagem


Stylist, produtor ou editor de moda?

Durante uma semana de moda, como o SPFW, não são apenas os designers e suas criações ou as modelos que ganham destaque. Atrás de cada desfile há um time de profissionais trabalhando intensamente para que os lançamentos encantem os compradores, o público e a mídia.
Os stylists são alguns destes especialistas. O termo chegou ao Brasil na década de 1990 para designar os já experientes produtores de moda. Devido à dinâmica do setor, esta função cresceu em importância e ganhou novas feições. No entanto, de lá para cá, vivemos uma confusão de terminologias e funções.
O stylist é um criador de imagens de moda: pessoais, fotográficas ou em movimento. Em desfiles, como os do SPFW, ele interpreta tendências e as afina com a assinatura da marca, utilizando diversos recursos: o casting de modelos, a trilha sonora, a edição de looks, a coreografia e a ambientação cenográfica. O trabalho é em equipe, sempre!
Ah! O resultado desta criação é o que se chama de styling.
Já os produtores de moda são conhecidos como “sacoleiros fashion”, por carregarem, literalmente, sacolas e mais sacolas de roupas. São eles que descolam aquelas peças que o stylist tanto precisa para montar o look perfeito. Sem este trabalho, o conceito da coleção ou do editorial se desfaz.
E os editores? São profissionais altamente especializados, assim como os stylists. Precisam ter um repertório que permeia o design, as artes, a música, conhecimento técnico em fotografia e efeitos visuais. Devem saber identificar tendências comportamentais e de moda, conhecer o mundo das celebridades, localizar novos talentos, buscar o inusitado, e ainda, desenvolver imagens surpreendentes. São anos de treinamento, pesquisa e estudo.
Então, caro leitor, o stylist e o editor de moda possuem a mesma função prática?
Sim, porém, o editor, além de ser um termo mais utilizado no mercado impresso do que nas mídias digitais e nos desfiles, sugere que, ele é o responsável somente pela edição dos looks de moda. Já o termo stylist nos induz a interpretar sobre uma maior abrangência, e por isso, o adotamos.

Mariana Rachel Roncoletta

Referência: RONCOLETTA, Mariana Rachel e BARROS, Yara. “O poder do styling nos desfiles do SPFW”. TCC de Pós-Graduação em Jornalismo de Moda – UAM, 2007.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Alice no país das maravilhas inspira criadores de moda



“Alice no País das Maravilhas“, o livro de Lewis Carroll, foi lançado em 1895. De lá pra cá, a história da menina que sonhou com um mundo onde ela crescia e diminuía conforme as coisas que comia inspirou muita gente. Walt Disney fez um dos filmes mais lissérgicos do seu estúdio, John Lennon era admirador confesso, e até Luana Piovani já fez uma peça infantil com o tema! Isso sem contar tudo o que veio depois que tem “cara” de Alice, do tipo “A Viagem de Chihiro“. Depois do anúncio de um novo longa de Tim Burton com o tema, parece que Alice voltou a ser uma febre, sabia? Acompanhe pra se inteirar e siga o coelho branco…


A expô “Um Mundo Sem Medidas“, que é a cara do País das Maravilhas, vai até 31/01/10 no MAC de SP.. Sonia Rykiel faz o lançamento de sua coleção de lingeries pra H&M em Paris, amanhã, no Grand Palais des Baux-Arts, inspirada na história de Alice. Às 20h, horário de Brasília, tudo vai ser transmitido pelo site especial da linha da estilista pra grife de fast fashion.. Desfiles que se inspiraram em Alice: Ungaro, Versace.. Coelhismos, a tendência do coelho: Louis Vuitton, Gêmeas, Maria Garcia.. O filme da Alice de Tim Burton.. Em março de 2010 será lançada uma linha de joias assinada por Tom Binns em parceria com a Disney, que aproveita o gancho do filme. São seis peças baseadas nos personagens Alice, a Rainha de Copas, o Chapeleiro Maluco, a Rainha Branca e o Coelho Branco.. Uma edição especial do livro “Alice no País das Maravilhas” acabou de ser lançada pela CosacNaify. A tradução é de Nicolau Sevcenko e as ilustrações, que na verdade são colagens de cartas de baralho de épocas diversas fotografadas com uma iluminação bem dramática, são de Luiz Zerbini.. O vídeo de Lindsay Lohan pra Fornarina, o vídeo de Takashi Murakami pra Louis Vuitton… Todos eles têm uma referência de Alice.