terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caixa Cultural apresenta obras inéditas de Anna Bella Geiger em Salvador

A Caixa Cultural Salvador inaugura no dia 18 de agosto, às 19 horas, para convidados, a exposição "Anna Bella Geiger - Fotografia além da Fotografia (1972-2008)". A visitação aberta ao público acontece do dia 19 de agosto a 20 de setembro, na Rua Carlos Gomes, 57, no centro da capital baiana. A mostra reúne mais de 60 obras de uma das mais importantes artistas plásticas brasileiras da atualidade. Sob curadoria de Adolfo Montejo Navas, a mostra selecionada pelo Edital 2007 da Caixa Cultural é composta por obras, inéditas para o público baiano, e contempla trabalhos criados pela artista de 1972 a 2008, nos quais ela utiliza a condição da fotografia como um dos elementos integrantes essenciais na sua obra. Esta será a primeira mostra individual da artista em Salvador. A exposição "Anna Bella Geiger - Fotografia além da Fotografia (1972-2008)" já passou pelo Paço Imperial do Rio de Janeiro em 2008 e pela Caixa Cultural São Paulo de junho a agosto de 2009.O uso intertextualizado da imagem fotográfica na obra de Anna Bella Geiger inclui desde os chamados "registros" de ações performáticas do início dos anos 70 como em CIRCUMAMBULATIO (72), a fotogravuras em metal e serigrafia (73 em diante), fotomontagens, fotografia objetual e fotografia-vídeo. Reúne obras como Brasil nativo/Brasil alienígena de 77, O Pão nosso de cada dia de 78, CAMOUFLAGE e objetos como Brasil is in my mind de 94, Ouvinte do Brasil de 98 e Aprés Man Ray de 2007 apresentadas recentemente em mostras internacionais na Alemanha, Polônia e Espanha.A fotografia O elemento fotográfico, recorrente na sua obra, é transformado, onde sua própria materialidade e seus processos funcionam como intervenções, apropriações e semioses lingüísticas em sua conquista de uma outra imagem. Neste novo campo estético a fotografia na obra desta artista está para além do próprio corpus do qual se serve.Segundo o curador, o título dado a esta mostra, por seu moto-contínuo, estabelece a fotografia na obra desta artista como disciplina experimental e recurso estético, num processo conceitual e renovador. Segundo ele, suas obras possuem "um alto grau de presença que se transforma em diferentes registros e suportes, em uma função contaminante e transversa". As obras estão não só em sintonia com a fotografia, mas são precursoras de várias das questões contemporâneas da visualidade, não só por suas indagações, mas por aproximar a arte de questionamentos críticos sobre a nossa própria visualidade.A exposição "Anna Bella Geiger - Fotografia além da Fotografia (1972-2008)" terá o seguinte horário de visitação: Terça a domingo, das 9h às 17h, com entrada franca. A recomendação de faixa etária é livre. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone: (71) 3421-4200.Anna Bella Geiger tem realizado a sua obra com gravura, pintura, desenho, fotomontagem, vídeo. No início da década de 50 foi morar em Nova York, estudando História da Arte no Metropolitan Museum e Sociologia da Arte na Universidade de NY com a historiadora alemã Hannah Levy Deinhard, que fundou esta disciplina naqueles anos. Tem participado de inúmeras mostras internacionais em museus e nas Bienais de São Paulo, assim como na Bienal de Veneza e da 5éme Bienalle de Photographie, na Bélgica. Em 1982 recebe o prêmio da Fundação Guggenheim, NY e em 2000, a Bolsa VITAE de pesquisa em Artes Plásticas. Obteve vários prêmios internacionais como em 1962, da Casa de las Américas, Havana, da Bienal de desenho em Buenos Aires, da Bienal de Cuenca, com pintura e recentemente o Prêmio da Crítica, da ABCA, por sua trajetória artística.Suas obras fazem parte de várias coleções particulares e de acervos de museus como o MoMA de NY, a FOGG Collection-Harvard, a GETTY Fundation em Los Angeles, o Beaubourg (Pompidou) Paris, o Victoria & Albert Museum-Londres, o MCABA em Barcelona, o Museu Reina Sofia em Madrid, o CGAC em Santiago de Compostela, o MAM do RJ e SP e o MAC de Niterói entre outros. Com Fernando Cocchiarale escreveu e publicou o livro "Abstracionismo Geométrico e Informal - Vanguarda brasileira nos anos 50".

Serviço
O quê: exposição "Anna Bella Geiger - Fotografia além da Fotografia (1972-2008)"
Abertura: terça-feira, 18 de agosto, a partir das 19 horas
Onde: CAIXA Cultural Salvador - Rua Carlos Gomes, 57 - Centro, Salvador/BA
Quanto: entrada franca

Jum Nakao faz palestra em Salvador


Moda e Arquitetura : Um Plano de Viagem ao Processo Criativo”. Este é o tema da palestra que o conceituado estilista Jum Nakao, autor do costura do invisível , fará em Salvador, na próxima terça, dia 25, a partir das 19h30, no auditório da loja Ferreira Costa Salvador, na Av.Luis Viana Filho, 6180, Paralela.
O encontro, que pretende reunir profissionais da moda, da arquitetura, designers e artistas, faz parte de um ciclo de palestras oferecido pela marca Docol Metais Sanitários.
Jum desperta a curiosidade dos fashionistas por ser um estilista criativo e respeitado no mercado nacional e internacional, inclusive, com prêmios recebidos. Ele é também considerado um dos mais importantes do século pelo Museu de Moda de Paris.
Na palestra, Jum falará sobre suas coleções, o processo de criação, criatividade, moda e arte. Após a palestra, haverá espaço para perguntas e respostas para que o público possa estar mais próximo ao convidado. Esta, certamente, será uma grande oportunidade para conhecê-lo de perto e ouvir o que ele mesmo tem a dizer sobre suas criações.
O encontro é gratuito e aberto ao público, mas é preciso fazer a inscrição para garantir lugar, já que as vagas são limitadas. Para isso, é só ligar para o telefone 0800 77 12348 e registrar seus dados. O serviço atende das 9h às 18h, até o dia 24.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Do Fuxico ao Fashion


Mostra no Palacete das Artes traz, a partir do dia 27, a moda produzida por grupos da Penísula de Itapagipe, em Salvador-Bahia.
De uma rotina antes baseada na produção informal de artesanato para subsistência, eis que surge uma moda que combina a delicadeza da rendas e bordados à elegância dos tecidos e roupas de corte fino. Criada por artesãs residentes na Península Itapagipana, em Salvador-BA, a mostra ‘Do Fuxico ao Fashion’ ganha, pela primeira vez, uma vernissage no Palacete das Artes Rodin - BA, a partir das 19h desta quinta-feira, dia 27. Resultante do projeto Incubadoras de Núcleos Associativos Produtivos, promovido pelo CIAGS – Centro Interdisciplinar de Desenvolvimento e Gestão Social da UFBA, a exposição é aberta ao público e fica no museu até o dia 06 de setembro. A iniciativa é apoiada pelo SEBRAE/BA, MCT/FINEP, FAPESB, Fundação Cultural do Estado a Bahia e FAPEX.
‘Do Fuxico ao Fashion’ resulta da busca pela aproximação entre a universidade e grupos sociais que têm pouco – ou nenhum – acesso ao conhecimento produzido nos centros acadêmicos. Assim, o que se pretende com esta e outras iniciativas de intervenção em bairros e regiões carentes é atrelar a difusão de conhecimentos técnicos e profissionalizantes ao incentivo da manutenção de traços culturais identitários das comunidades. “Ao trabalharmos com artesãos e com artesanato de raiz, tentamos nos aproximar de propostas já formuladas pioneiramente por Lina Bo Bardi e Rômulo Almeida, de ressignificar a cultura com recursos contemporâneos”, conta a Profª Tânia Fischer, coordenadora do CIAGS.
Histórico do projeto e da região - Pesquisas feitas na península - que integra 14 bairros (Uruguai, Ribeira, Bonfim, Monte Serrat, Dendezeiros, Bairro Machado, Alagados, Vila Rui Barbosa, Massaranduba, Baixa do Petróleo, Calçada, Mares e Roma) - apontaram a força da produção têxtil da região. Nos anos 40, Itapagipe foi um pólo industrial forte em Salvador, com destaque no ramo de confecções, até que, na década de 70, uma crise econômica provocou a falência das indústrias locais.
Em março de 2007 acontece a contratação do consultor em designer estratégico, Fernando Augusto Gonçalves, que deslancha uma nova fase nas ações do projeto e dá inicio concreto ao trabalho de criação e confecção da coleção de moda. A presença marcante do design conferiu ao projeto um novo norte. De imediato ficou claro por parte dos residentes a necessidade de leituras menos acadêmicas e de um maior conhecimento das técnicas artesanais utilizadas pelos núcleos.
As peças – Bolsas, coletes, boleros adornados com fuxicos de chantug, seda e brocal, detalhes em crochê com linha metalizada ou o tradicional ponto “bico de periquito” – quatro pequenos fuxicos que formam um novo fuxico. Todas as peças são feitas a partir de jeans e brim, tecidos com os quais as artesãs já estavam acostumadas a trabalhar. São peças masculinas e femininas, com corte e execução equivalentes à alta costura. “Nossas peças são inspiradas na contextualização da artesania existente na região”, explica Fernando Augusto, responsável pela coordenação da execução das peças. Por enquanto, as peças não estarão à venda, pois a produção ainda é pequena, mas em breve, as melhores lojas da cidade já terão peças produzidas pelas artesãs da Península de Itapagipe.
Serviço:
Mostra de Moda – Do Fuxico ao Fashion
Palacete das Artes Rodin – BA – Rua da Graça, 284 - Graça
Entrada Franca

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

A construção da imagem do maior Traje Típico Nacional: as Baianas

O que é que a baiana tem?
Tem torço de seda, tem!
Tem brincos de ouro, tem!
Corrente de ouro, tem!
Tem pano-da-costa, tem!Tem bata rendada, tem!
Pulseira de ouro, tem!Tem saia engomada, tem!
Sandália enfeitada, tem!
Tem graça como ninguém
Como ela requebra bem!
Quando você se requebrar
Caia por cima de mim
O que é que a baiana tem?
Só vai no Bonfim quem tem
Um rosário de ouroUma bolota assim
Quem não tem balangandãs
Não vai no Bonfim
Oi, não vai no Bonfim”
(O Que é que a baiana tem? - Dorival Caymmi)
“No tabuleiro da baiana tem
Vatapá, oi caruru, mungunzá, tem umbu
Pra Ioiô
Se eu pedir você me dá
O seu coração, seu amor
De Iaiá
No coração da baiana também tem
Sedução, canjerê, candomblé, ilusão
Pra você
Juro por Deus, pelo Senhor do Bonfim
Quero você baianinha inteirinha pra mim
(Tabuleiro da baiana – Ary Barroso)“
Noel Rosa espertamente disse: “...tudo aquilo que o malandro pronuncia com voz macia, é brasileiro, já passou de português.”Os negros africanos trouxeram para o Brasil toda sua matriz cultural, sua música, sua comida, sua indumentária e principalmente sua saudade...Os negros que vieram da África povoaram em grande parte os Estados da Bahia, Pernambuco, Maranhão e o Rio de Janeiro com extensão para Minas Gerais e São Paulo. Foi principalmente na emblemática Bahia que as negras africanas mais se destacaram. Há inclusive o mito de que as tias “Ciatas” - que disseminavam o samba em suas casas - trouxeram o samba para o Rio de Janeiro. Elas criaram uma maneira de ser negra, de ser baiana. Até hoje elas dão nome a todas as negras que vestem seus trajes tão característicos da nossa cultura. Daí serem todas chamadas genericamente de “BAIANAS”.A roupa “clássica” das baianas, de influência maometana, compõe-se de torso, bata, pano-da-costa, saia rodada e adornos, como colares, pulseiras, brincos de ouro, prata ou coral.Estas saias rodadas, estampadas em cores vivas, berrantes, trazem muitas anáguas rendadas, engomadas. Elas usam muitos colares coloridos, os famosos balangandãs ou berenguendéns.O pano-da-costa se resumia num pano retangular, de um dois metros de altura, por cinqüenta de largura. Pode ser interpretado de duas maneiras: pano-da-costa pelo fato de ter vindo da costa africana, ou por ser jogado sobre os ombros e as costas. Conforme pesquisadores e historiadores eles visavam distinguir o posicionamento feminino nas comunidades africanas e também nas afro-brasileiras. O pano da costa é tradicionalmente branco ou bicolor, podendo ser listrado ou em madras e serem bordados ou com aplicações em rendas.As batas são blusas de renda folgadas. As baianas ainda vestem chinelas ou calçados baixos, também enfeitados e usam turbantes (torços), brancos ou coloridos.Vemos outras baianas, as de origem mulçumana, usando também uma roupa toda branca, imaculada, cujo pano-da-costa pode ser preto.Ainda trazem um tabuleiro, onde mostram seus produtos à venda, que pode conter vatapá, acarajé, abará, caruru, doces diversos, etc.Isso tudo foi cantado por muitos compositores brasileiros.Mas como este traje passou a ser o “Traje Nacional”? Assimilado como algo genuinamente brasileiro, assim como a bandeira e o hino?Como falei antes, todos os elementos envolvidos na formação étnico-sócio-cultural do Brasil deram sua contribuição para essa criação, e neste momento, entra Portugal, na figura de Carmen Miranda.Segundo Ruy Castro, nas revistas musicais brasileiras, havia sempre números de “baianas”, vestidas de forma simples e tradicional. Em 1892, sobe ao palco a primeira baiana estilizada da história, que foi a roupa usada pela cantora Pepa Ruiz. Muitas outras cantoras de Cassino usaram estes trajes em diversos espetáculos de teatro e no cinema.Carmen só se vestiria de baiana em 1938, quando estrela o filme “Banana da Terra”. Ela própria criou sua indumentária, seguindo a música de Caymmi, com saia rodada, sem as anáguas, para que pudesse dançar livremente e muitos, mas muitos balangandãs. Inclusive foi Caymmi quem pediu para Carmen que quando cantasse sua música mostrasse os adereços, inclusive ele próprio assistiu à filmagem e fazia a mímica dos gestos e movimentos que ela devia executar enquanto cantava. Quem tiver a curiosidade de assistir ao filme "Bananas is my Business", de Helena Solberg e David Meyer, verá esta cena cheia de "fantasia, energia e erotismo".Ela é a criadora-mor desta imagem da “baiana hiper, ultra, super estilizada”, afinal como diz o seu biógrafo mais famoso, Ruy Castro, “era uma roupa para um show - tinha que ser glamourosa - e não para se vender quitutes na esquina.” Foi Carmen quem realmente popularizou em definitivo a vestimenta da baiana estilizada. Aliás essa baiana seria a marca de Carmen Miranda e seu maior sucesso.É essa baiana que veremos sempre entre nossas misses brasileiras. Desde Martha Rocha, que é da Bahia, o traje típico de baiana impera entre as nossas representantes, nos grandes concursos internacionais. Ora mais simples, ora mais esplendorosos, de todas as cores possíveis e imaginadas, como “num turbilhão de espectros arrastadas”.Grandes modistas/costureiros/estilistas fizeram trajes de baiana para nossas representantes.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mario Queiroz lança livro sobre a imagem do homem na moda


Mario Queiroz, estilista de moda masculina, lançou no último dia 13 de Agosto na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, seu livro “Herói Desmascarado, A imagem do homem na moda”, pesquisa resultante do mestrado em Comunicação e Semiótica que o estilista realizou na PUC-SP sob orientação do Prof. Dr. Norval Baitello Jr. Lula Rodrigues, jornalista e consultor de moda, que batalha como poucos pelo reconhecimento da importância da moda masculina, assina a orelha do livro, onde entre outras coisas diz:“Para escrever sobre o homem, sua moda, seus modos, seus trajes, suas imagens e fantasias, no Brasil, o autor tem que ser, ‘antes de tudo, um forte’, assim como o sertanejo, descrito no livro, ‘Os sertões’, de Euclides da Cunha. Criar roupas para este homem contemporâneo, tratar dele como assunto acadêmico, tentar decifrá-lo em sala de aula, e fazer disso o seu ganha pão, aqui no Brasil, também é trabalho para um forte”.Lula Rodrigues, como ,está coberto de razão. Não é fácil viver de moda masculina no Brasil, o espaço na mídia é muito pouco, a maioria das jornalistas de moda preferem falar de moda feminina, já que suas interlocutoras são em maior número, mas aos poucos vamos mudando este perfil.O importante do livro é a análise que Mario Queiroz faz de um assunto que me interessa muito: a discussão se a moda masculina aponta transformações no comportamento do masculino e se ainda preserva traços conservadores, restritivos às novidades nos trajes e no comportamento do homem. Para tanto, o estilista e professor de moda, parte dos primórdios da fotografia de moda, quando, por volta dos anos 20, fotos começam a substituir croquis. A pesquisa destaca o jornalismo voltado ao masculino desde o século XIX, passando pelas revistas masculinas, até chegarmos ao objeto de análise: as revistas de moda masculina dos últimos anos da década de 1990 e do início deste terceiro milênio.
Nessas publicações o foco está nos ensaios fotográficos, como eles revelam os principais fotógrafos contemporâneos e como são produzidos pelos profissionais de moda.
Os editoriais de moda são a maioria da revista Arena Homme Plus e cada edição traz até seis ensaios, o que representa em média quarenta fotos. Os editoriais escolhidos são os mais significativos para a discussão do papel herói, pesquisando as diversas faces do homem nessa virada de milênio.
O instrumental teórico utiliza os conceitos de imprinting , imaginário e noosfera, de Edgar Morin seguindo a linha da semiótica para a discussão sobre a cultura e mais especificamente sobre a moda.
Muito significativo o recorte escolhido por Mário Queiroz no seu mestrado. E melhor ainda ele ter conseguido publicá-lo, o que não é muito comum no meio acadêmico. Afinal depois de conseguir defender uma dissertação, quando queremos publicar é preciso fazer uma outra revisão do material que entregamos para a defesa.
Depois ainda tem que se batalhar para uma editora se interessar em publicar. Neste caso, coube a Estação das Letras e Cores este papel. Num país que existem um número tão grande de escolas de moda, é fundamental construir uma bibliografia nacional ou pelo menos escrita em português. Esta editora já tem alguns títulos bem interessantes na área, méritos para a pesquisadora Kathia Castilho .

terça-feira, 11 de agosto de 2009

bruno: moda e comédia nas telinhas em breve


A comédia Bruno é o novo filme de Sacha Baron Cohen, o criador de Borat. Bruno é um afetado e exibicionista repórter gay especializado em moda, que vai alfinetar o universo fashion na América.
"Bruno", a mais recente investida de humor subversivo do satirista britânico Sacha Baron Cohen, conseguiu por margem estreita ocupar o primeiro lugar nas bilheterias norte-americanas no fim de semana. O "mockumentary", ou falso documentário satírico, em que Baron Cohen faz um modelo austríaco gay que busca a fama nos Estados Unidos, vendeu 30,4 milhões em ingressos entre 10 e 12 de julho.

domingo, 9 de agosto de 2009

Cinepolis exposição do fotógrafo Bob Wolfenson

BIOGRAFIA BOB WOLFENSON

Bob Wolfenson inicia suas primeiras experiências com a fotografia muito cedo, com pouco mais de 10 anos de idade, entre os anos de 1966 e 67, mas é apenas em 1970 que leva este caminho um pouco mais a sério, como estagiário-aprendiz no estúdio fotográfico da Editora Abril, na época dirigido pelo fotógrafo Francisco Albuquerque. Três anos mais tarde, ingressa no curso de Ciências Sociais da USP, período em que sai da Editora Abril e começa carreira solo como free-lancer para revistas da própria editora. Mas é a partir de 1982 que Wolfenson aposta mais pesado na carreira e se desfaz de seu pequeno estúdio em São Paulo, para se mudar para Nova Iorque, onde trabalha como assistente do fotógrafo Bill King. De volta ao Brasil em 1985, ele não tarda em ser um fotógrafo de destaque, desenvolvendo trabalhos para as principais revistas do país. Sua primeira exposição individual, Minhas Amigas do Peito, acontece em 1989, na Galeria Fotótica. A partir daí, a carreira de Wolfenson ganha um fôlego intenso e ele começa a realizar exposições, lançar livros e receber prêmios, a exemplo do Funarte – Ministério da Cultura de melhor fotógrafo do ano de 1995, na categoria Arte Aplicada, pela campanha para a griffe Viva Vida, realizada em Israel. Neste mesmo ano, ganha edição especial da Vougue para seu trabalho.Em 2000, co-edita a revista de imagem, moda, comportamento e fotografia “55”, que é sucedida, dois anos depois, pela S/Nº, publicação que conta com a participação dos designers Hélio Rosas e Roberto Cipolla.Nos últimos anos, Bob Wolfenson também foi indicado a diversos prêmios como fotógrafo, vencendo entre eles, o da Fundação Conrado Wessel e o de Melhor Fotografo de Moda pela premiação O Melhor da Fotografia do Brasil. Entre livros publicados está “Cartas a um jovem Fotógrafo”, sobre experiências de sua trajetória e vida profissional e Cinepolis, caixa-livro-portifólio, sob curadoria e direção artística de Pierre Devin, fotógrafo e curador internacional.


Ver o mundo como um ‘ciclope’, com um único olho-mecânico, filtro da realidade tangível. Esta é a forma como alguns fotógrafos, a exemplo do paulista Bob Wolfenson, percebem a vida, a observam e transformam-na em elementos simbólicos. Um pouco do trabalho deste artista poderá ser conhecido no Museu de Arte Moderna da Bahia, na mostra Cinepolis, inédita no Brasil. A abertura acontece no dia 07 de agosto, às 19h. A exposição fica em cartaz de 08 de agosto a 06 de setembro, no Casarão do MAM, com visitação gratuita de terça a domingo, das 13h às 19h e aos sábados das 13h às 21h.
Cinepolis

Reconhecido no Brasil e internacionalmente por suas produções fotográficas, Wolfenson assina ensaios famosos da Playboy, a exemplo das séries com Alessandra Negrini e Maitê Proença e no mundo da moda, registrando tendências nas figuras de Top Models como Gisele Bündchen, Raquel Zimmermann e Isabeli Fontana. Mas, como um caleidoscópio, sua lente também se volta para outros prismas e capta o mundo de maneiras distintas. O intimismo do Voyerismo, que naturalmente é vivenciado pelos fotógrafos, se transforma na experiência do olhar instantâneo, ao captar o que se passa à frente, como um admirador de circunstâncias. Assim nasce Cinepolis. “O nome dado pelo curador, editor e fotógrafo francês Pierre Devin, é um apanhado na forma de ‘Road Movie’ de situações encontradas por mim e fotografadas sem a pretensão de compor um conjunto único, porém todas unificadas, não por um tema, mas pela subjetividade de um olhar”, explica Wolfenson.
Situações, paisagens, retratos, perspectivas de uma narrativa que levam o expectador a um passeio da noite para o dia, do urbano para o bucólico. Tudo surgiu com a aquisição de um equipamento, uma Leica Digital, com a qual Wolfenson já havia feito algumas experiências e possuía um material pronto, porém sem nenhuma pretensão específica de uso. “A partir do convite que me foi feito pelo Pierre e pelos nexos encontrados por ele no material que estava pronto, fotografado, comecei a orientar as novas fotos que completariam o trabalho no sentido de formarem uma unidade que correspondesse a esta narrativa apontada pelos pressupostos dele”, conta.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Alexandre Herchcovitch é o responsável pelo figurino do filme À Deriva , de Heitor Dhalia


O queridinho da moda brasileira Alexandre Herchcovitch é o responsável pelo figurino do filme À Deriva , de Heitor Dhalia, que estreiou na sexta-feira em circuito nacional. Para criar e escolher as peças usadas na década de 1980, quando se passa a história, Herchcovitch disse ter recorrido à sua memória de adolescente, com roupas e marcas que usava. Apesar de o filme ser datado, o estilista garante que as peças são atuais: "O figurino pode ser usado hoje."
À Deriva é um filme poético, que se passa durante as férias de verão na praia, retrata uma família de classe média alta. O pai Mathias (Vincent Cassel) é escritor francês radicado no Brasil, e a mãe Clarice (Débora Bloch), professora. O casal viaja com os filhos, Filipa (Laura Neiva) e Antonio (Max Huszar). A garota, porém, descobre que o pai tem uma amante, Ângela (Camille Belle).Essa não é a primeira experiência do estilista assinando figurino de filmes , ele já teve outra experiência no cinema. Foi responsável pelas roupas de Encarnação do Demônio , de Zé do Caixão, que estreou no ano passado. O filme tem uma fotografia belíssima de Ricardo Della Rosa e um figurino construido pelo estilista. O cenário e as roupas deixam claro que a história é ambientada entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80. Mas, vez ou outra, vem uma sensação de que bem poderia ser de hoje e se tratar de um escritor a moda antiga que continua a preferir a máquina de escrever.O fato do guarda roupa do filme ser praiano não revela um grande desafio para o figurinista, muitos maiôs , bikinis e shortinho. O figurino da Camilla Belle com maiôs elegantes, turbantes e camisas de seda na praia, é uma aula de sofisticação a beira mar, que muito faz lembrar as concepções do stylist Dudu Bertholini. Senti falta de uma cartela de cores com tons elétricos e fluorescentes bem típico da década em questão,o filme vale de fato pela fotografia.