domingo, 9 de agosto de 2009

Cinepolis exposição do fotógrafo Bob Wolfenson

BIOGRAFIA BOB WOLFENSON

Bob Wolfenson inicia suas primeiras experiências com a fotografia muito cedo, com pouco mais de 10 anos de idade, entre os anos de 1966 e 67, mas é apenas em 1970 que leva este caminho um pouco mais a sério, como estagiário-aprendiz no estúdio fotográfico da Editora Abril, na época dirigido pelo fotógrafo Francisco Albuquerque. Três anos mais tarde, ingressa no curso de Ciências Sociais da USP, período em que sai da Editora Abril e começa carreira solo como free-lancer para revistas da própria editora. Mas é a partir de 1982 que Wolfenson aposta mais pesado na carreira e se desfaz de seu pequeno estúdio em São Paulo, para se mudar para Nova Iorque, onde trabalha como assistente do fotógrafo Bill King. De volta ao Brasil em 1985, ele não tarda em ser um fotógrafo de destaque, desenvolvendo trabalhos para as principais revistas do país. Sua primeira exposição individual, Minhas Amigas do Peito, acontece em 1989, na Galeria Fotótica. A partir daí, a carreira de Wolfenson ganha um fôlego intenso e ele começa a realizar exposições, lançar livros e receber prêmios, a exemplo do Funarte – Ministério da Cultura de melhor fotógrafo do ano de 1995, na categoria Arte Aplicada, pela campanha para a griffe Viva Vida, realizada em Israel. Neste mesmo ano, ganha edição especial da Vougue para seu trabalho.Em 2000, co-edita a revista de imagem, moda, comportamento e fotografia “55”, que é sucedida, dois anos depois, pela S/Nº, publicação que conta com a participação dos designers Hélio Rosas e Roberto Cipolla.Nos últimos anos, Bob Wolfenson também foi indicado a diversos prêmios como fotógrafo, vencendo entre eles, o da Fundação Conrado Wessel e o de Melhor Fotografo de Moda pela premiação O Melhor da Fotografia do Brasil. Entre livros publicados está “Cartas a um jovem Fotógrafo”, sobre experiências de sua trajetória e vida profissional e Cinepolis, caixa-livro-portifólio, sob curadoria e direção artística de Pierre Devin, fotógrafo e curador internacional.


Ver o mundo como um ‘ciclope’, com um único olho-mecânico, filtro da realidade tangível. Esta é a forma como alguns fotógrafos, a exemplo do paulista Bob Wolfenson, percebem a vida, a observam e transformam-na em elementos simbólicos. Um pouco do trabalho deste artista poderá ser conhecido no Museu de Arte Moderna da Bahia, na mostra Cinepolis, inédita no Brasil. A abertura acontece no dia 07 de agosto, às 19h. A exposição fica em cartaz de 08 de agosto a 06 de setembro, no Casarão do MAM, com visitação gratuita de terça a domingo, das 13h às 19h e aos sábados das 13h às 21h.
Cinepolis

Reconhecido no Brasil e internacionalmente por suas produções fotográficas, Wolfenson assina ensaios famosos da Playboy, a exemplo das séries com Alessandra Negrini e Maitê Proença e no mundo da moda, registrando tendências nas figuras de Top Models como Gisele Bündchen, Raquel Zimmermann e Isabeli Fontana. Mas, como um caleidoscópio, sua lente também se volta para outros prismas e capta o mundo de maneiras distintas. O intimismo do Voyerismo, que naturalmente é vivenciado pelos fotógrafos, se transforma na experiência do olhar instantâneo, ao captar o que se passa à frente, como um admirador de circunstâncias. Assim nasce Cinepolis. “O nome dado pelo curador, editor e fotógrafo francês Pierre Devin, é um apanhado na forma de ‘Road Movie’ de situações encontradas por mim e fotografadas sem a pretensão de compor um conjunto único, porém todas unificadas, não por um tema, mas pela subjetividade de um olhar”, explica Wolfenson.
Situações, paisagens, retratos, perspectivas de uma narrativa que levam o expectador a um passeio da noite para o dia, do urbano para o bucólico. Tudo surgiu com a aquisição de um equipamento, uma Leica Digital, com a qual Wolfenson já havia feito algumas experiências e possuía um material pronto, porém sem nenhuma pretensão específica de uso. “A partir do convite que me foi feito pelo Pierre e pelos nexos encontrados por ele no material que estava pronto, fotografado, comecei a orientar as novas fotos que completariam o trabalho no sentido de formarem uma unidade que correspondesse a esta narrativa apontada pelos pressupostos dele”, conta.